Ministro Alexandre Silveira apresenta oportunidades de investimentos energéticos durante missão oficial à China
Instituto TechReg acompanha os desdobramentos estratégicos para o setor de energia e tecnologia no Brasil

Agência Techreg
13 de maio de 2025
Em entrevista concedida, nesta segunda-feira, dia 12, na China, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou os principais objetivos da missão brasileira no país asiático, com foco em parcerias para a transição energética, investimentos em SAF (combustível sustentável de aviação) e cooperação tecnológica na área nuclear.
Entre os anúncios feitos, Silveira informou que o Brasil irá apresentar uma ampla carteira de investimentos em energia renovável, com destaque para projetos em energia eólica, solar e biomassa. Além disso, serão discutidas oportunidades envolvendo a cadeia de minerais críticos do país — insumos essenciais para tecnologias limpas, frequentemente buscados pela China para pesquisa e produção.
O ministro reforçou a estratégia do Brasil de não atuar apenas como fornecedor de matérias-primas, mas também de participar do processo de industrialização, enfatizando que a China possui a tecnologia mais avançada para essa finalidade. Segundo ele, a expectativa é retornar da missão com pré-acordos e contratos já firmados.
Um dos anúncios mais relevantes é a possibilidade de assinatura de um acordo de R$ 5 bilhões com a empresa chinesa Envision, voltado a investimentos em SAF, combustível estratégico para descarbonização do setor aéreo.
Cooperação com a Rússia em pequenos reatores nucleares
Outro ponto importante da entrevista foi o anúncio de uma parceria entre o Brasil e a estatal russa Rosatom para o desenvolvimento de pequenos reatores nucleares. A iniciativa, ainda em fase inicial, busca estabilizar o sistema elétrico brasileiro e preparar a infraestrutura energética para novas demandas, como o crescimento de data centers e o avanço da inteligência artificial.
Segundo o ministro, os reatores permitirão substituir térmicas movidas a óleo por unidades a urânio, mais limpas e eficientes. A cooperação incluirá apoio russo ao planejamento e expansão da exploração de urânio no Brasil, além do desenvolvimento tecnológico dos próprios reatores.
